Hérnia de Disco

A hérnia de disco é uma afecção da coluna vertebral extremamente frequente, podendo acometer entre 13 e 40% da população ao longo da vida, com uma maior incidência após os 40 anos e sendo mais prevalente nos pacientes entre 50 e 60 anos de idade. É uma das principais causas de dor lombar e incapacidade, sendo mais comum na coluna lombar (níveis L4-L5 e L5-S1), seguido pela coluna cervical e menos frequente na coluna torácica.

Como se Desenvolve a Hérnia de Disco?

É composto externamente por um anel fibroso de tecido fibrocartilaginoso e internamente por uma estrutura gelatinosa, o núcleo pulposo, capaz de amortecer impactos ao longo da coluna vertebral.

A hérnia de disco se forma a partir de uma pequena lesão no anel fibroso, chamada de fissura, a partir da qual o núcleo pulposo pode apenas insinuar-se no anel fibroso de forma mais difusa, como ocorre nos abaulamentos discais, ou até mesmo deslocar-se através do anel fibroso de forma pontual (protusão discal) ou extravasar pela lesão do revestimento externo do anal fibroso, como acontece nas hérnias extrusas.

A partir do deslocamento desse conteúdo gelatinoso para o canal vertebral, pode haver compressão das raízes nervosas, causando dor e sintomas neurológicos. Mesmo sem compressões evidentes dos nervos, a simples lesão do ânulo fibroso do disco intervertebral pode causar sintomas pelo processo inflamatório desencadeado por essa lesão.

As hérnias de disco podem ter diversas localizações em um mesmo nível da coluna vertebral, o que causa uma variedade de sintomas a depender da localização da hérnia discal. Elas podem ser mais centralizadas no canal vertebral (hérnias de disco centrais), podem ser centrolaterais, foraminais (acometem a região por onde a raiz nervosa emerge do canal vertebral) ou extraforaminais (laterais).

Dentre os fatores de risco para a formação das hérnias de disco, podemos citar: sobrepeso e obesidade, tabagismo, posturas viciosas por longos períodos e atividades que causam sobrecarga mecânica na coluna, sedentarismo e mau condicionamento muscular, alterações degenerativas (desgaste) dos discos intervertebrais e demais estruturas da coluna vertebral, fatores genéticos (predisposição pessoal).

O disco intervertebral é situado entre dois corpos vertebrais, integrando em cada nível a unidade funcional da coluna vertebral.

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Principais Sinais e Sintomas da Hérnia de Disco

As hérnias de disco podem ser assintomáticas, ou seja, não cursarem com sintoma algum. Porém, na maioria dos casos, cursam com sintomas variados, a depender do segmento da coluna vertebral afetado e das características da própria hérnia, como já mencionado.

Na coluna cervical, as hérnias podem cursar com cervicalgia, ou seja, dor na região cervical, que irradia para os membros superiores (cervicobraquialgia). NA região lombar, local mais comum de acometimento, cursam classicamente com dor que irradia para um dos membros inferiores, acometendo a região glútea, coxa, joelhos e podendo irradiar-se até o pé, constituindo sintoma muito comum conhecido como lombociatalgia ou dor ciática. Independentemente da região acometida, pelo processo de compressão da raiz nervosa, podem ocorrer diversos sinais e sintomas em associação com a dor, sejam eles:

  • Dormência ou formigamento nos membros;
  • Alteracão de sensibilidade em uma região específica;
  • Perda de força ou sensação de fraqueza nos braços ou nas pernas;
  • Dificuldade para pegar ou segurar objetos;
  • Dificuldade ou limitação para caminhar;
  • Dor na coluna cervical, torácica ou lombar ao ficar longos períodos em pé ou sentado, ou durante a noite;
  • Alterações esfincterianas (urinárias ou fecais), entre outros;

Formas de Tratamento

A maioria dos casos de hérnias de disco podem ser tratados de forma conservadora, sem necessidade de cirurgia. Alguns dos pilares do tratamento conservador consistem em tratamento medicamentoso por curtos períodos (analgésicos comuns, opióides, anti-inflamatórios não-esteroidais – AINES, corticoides, etc), alongamento e fortalecimento muscular, fisioterapia e demais terapias auxiliares. Em determinados casos, entretanto, o tratamento conservador não é suficiente para a resolução dos sintomas, quando há a necessidade da indicação de outros tratamentos, como as infiltrações ou bloqueios da coluna e o próprio tratamento cirúrgico da hérnia de disco, entre elas, a cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Algumas das indicações de tratamento cirúrgico da hérnia de disco são:

  • Falha do tratamento conservador;
  • Dor refratária às medidas terapêuticas não cirúrgicas;
  • Sintomas neurológicos persistentes e progressivos.

Devemos sempre lembrar que os objetivos principais do tratamento da hérnia de disco são o controle e remissão da dor e demais sintomas, bem como o ganho de funcionalidade, de modo a permitir que o paciente volte a realizar suas atividades habituais e obtenha ganho progressivo de movimento. Por esses motivos, um acompanhamento especializado é tão importante ao longo de todo o processo de tratamento, seja ele cirúrgico ou não.

Dr. Kelsen Teixeira

Dr. Kelsen de Oliveira Teixeira

Ortopedista e Cirurgião de Coluna
Dr. Kelsen Teixeira - Cirurgião de Coluna
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